sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Inclusão educacional de crianças com deficiência mental

Por Samanta Dias - Equipe BBel
Publicado em 28/06/2011


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A inclusão de crianças com deficiências físicas e problemas de mobilidade nas escolas e a adaptação desses ambientes para que os estudantes possam ter autonomia ao usar o espaço e aparelhos escolares é um assunto que já se tornou familiar para a maioria das pessoas. Nem todos os aspectos desse processo, no entanto, contam com conhecimento popular, como a inclusão de crianças com deficiência intelectual ou mental nas escolas regulares.
O termo deficiência mental ou intelectual engloba pessoas que, devido a alterações no desempenho do cérebro, apresentam atraso em seu desenvolvimento cognitivo, refletindo em dificuldades para aprender, entender, se comunicar, realizar tarefas cotidianas e interagir com o meio em que vivem. As síndromes de Down, do X-Frágil, de Prader-Willi, de Angelman e Williams são algumas alterações genéticas que geram esse quadro. Além disso, Erros Inatos de Metabolismo (detectados pelo exame do pezinho) e lesões cerebrais também são causadores da deficiência intelectual.
Durante algum tempo, acreditou-se que as crianças com deficiência mental não eram capazes de participar das atividades das escolas comuns. Atualmente, especialistas e governantes defendem que elas frequentem as escolas regulares, conforme assegurado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, em 2006.
No Brasil, desde 2009 a legislação garante a matrícula de todas as crianças nas escolas regulares e também que estas prestem atendimento educacional especializado aos alunos que precisarem. O mesmo decreto firma as normas de financiamento para que as escolas públicas se adaptem às novas regras.
Para a gerente técnica da APAE São Paulo e mestre em educação pela USP, Marília Costa, a medida representa um avanço para a inclusão dessas pessoas em todas as esferas da sociedade. "As crianças vivenciam um ambiente enriquecedor tanto do ponto de vista humano, como do ponto de vista pedagógico. O convívio com as diferenças é sempre uma vantagem, nunca uma limitação ou um risco", argumenta.

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